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Publicado em 31/12/1969

SBCP lamenta morte de brasileira na Venezuela por erro médico

setembro de 2016

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) lamenta por mais uma morte registrada em decorrência do chamado “turismo da beleza”, caracterizado por viagens a países vizinhos para realização de procedimentos estéticos.

Dioneide Leite, 36, que morava na cidade de Parintins, no Amazonas, morreu esta semana após passar vários dias em coma na cidade de Puerto Ordaz, na Venezuela. Ela viajou para o país vizinho em 29 de agosto para realizar várias cirurgias plásticas, mas morreu após complicações da primeira operação.

Casos como esse não são novidade. E a SBCP vem lutando contra este tipo de prática que coloca em risco a segurança dos pacientes. As mulheres são captadas de salões de beleza e boutiques por agenciadores que as transportam para o país vizinho em ônibus e vans. Essas pessoas são atraídas por “planos” ou “pacotes” que prometem preços extremamente mais baixos do que os praticados no Brasil. Na prática, estes pacientes acabam encontrando estruturas precárias para atendimento cirúrgico, entregues à própria sorte e correndo grandes riscos, devido a infecções e intercorrências graves, inclusive o risco de morte.

Em abril deste ano, a SBPC denunciou o caso ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (Cremam) e na Polícia Federal de Manaus. Na época, existiam 11 óbitos desde o mesmo período em 2015. A SBCP também sugeriu a criação de um grupo entre SBCP, OAB-AM, MPF e Cremam para reverter essa situação. A entidade solicitou o aumento da fiscalização das fronteiras e a prisão das pessoas que atuam como agenciadoras.

No Brasil, a formação de um médico especialista em cirurgia plástica exige do profissional de cinco a seis anos de estudo após o termino da graduação em medicina. São pelo menos dois anos de especialização em cirurgia geral e mais três anos de especialização em cirurgia plástica.

Em muitos casos, os pacientes que optam pelo “turismo estético” serão atendidos por profissionais que não possuem formação em cirurgia plástica e em locais sem condições para as intervenções em caso de complicações.

Muitas mortes poderiam ser evitadas caso os procedimentos tivessem sido feitos por cirurgiões plásticos qualificados.

Atualmente, existem pelo menos 12 mil médicos não habilitados realizando cirurgias plásticas no país. Por isso, a SBCP coloca à disposição da população um aplicativo gratuito (Android e IOS) onde se pode checar se o profissional é especialista ou não.

Também é possível se informar sobre a formação do médico pelo sitehttp://www.cirurgiaplastica.org.br ou pelo telefone (11) 3044-0000.

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